Resilience - Resenha crítica - Steven M. Southwick
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Resilience - resenha crítica

Autoajuda & Motivação

Este microbook é uma resenha crítica da obra: Resilience: The science of mastering life’s greatest challenges

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-1-009-29974-9

Editora: Cambridge University Press

Resenha crítica

O estresse está mais perto do que se imagina

O estresse pós-traumático pode por vezes parecer uma realidade distante. Algo que só atinge pessoas que passaram por momentos de violência ou perigos extremos: guerras, sequestros ou mesmo grandes desastres naturais. Os autores nos alertam que esse transtorno na verdade é muito mais comum do que imaginamos, e o mais alarmante é que você pode estar sofrendo por ele sem nem saber.

Estudos estimam que mais de 69% das pessoas vão sofrer ao menos um grande evento traumático em suas vidas, e ele pode acontecer de diferentes formas: um acidente de carro grave, a morte de um parente próximo, uma doença debilitante. 

Além dessas situações mais drásticas, que são normalmente contabilizadas nesse tipo de pesquisa, existem outros estressores que muitas vezes não são considerados e que têm um peso enorme na vida das pessoas. São os “agravantes do estresse”, como a discriminação racial e as várias formas possíveis de abuso emocional. Tudo isso pode afetar muito a qualidade de vida de um indivíduo, sendo causa de extremo sofrimento.

Um evento pode causar um dano tão grande na vida de uma pessoa, que ela pode carregar essas sequelas por anos a fio, alterando seu comportamento e até mesmo personalidade. Algo dessa dimensão pode até mesmo causar mudanças radicais em sua aparência, como perda de peso, queda de cabelo, entre tantos outros sintomas.

Eventualmente, os sintomas podem evoluir a ponto de se enquadrarem em alguma patologia, como transtorno de estresse pós-traumático, ansiedade e depressão — condições que vão afetar de maneira crônica as vivências dessas pessoas, abalando sua vida social, profissional e familiar.

Para compreender melhor as maneiras pelas quais o estresse afeta cada um de nós, os autores passaram décadas de suas vidas pesquisando como definir, medir e até mesmo cultivar uma habilidade de extrema importância para o nosso bem-estar: a resiliência.

O que é resiliência?

Segundo os autores, resiliência é a capacidade de enfrentar, se adaptar e se recuperar de adversidades severas. Não é ausência de sofrimento, mas sim a habilidade de continuar funcionando, crescendo e encontrando sentido para sua existência mesmo diante do trauma. 

A resiliência é contextual, ou seja, é moldada por fatores que são individuais, sociais e culturais e, na maioria das vezes, ela não vai se limitar a fazer a pessoa "voltar ao normal", mas muitas vezes vai causar uma marca tão profunda, que vai resultar numa transformação pessoal, conhecida como crescimento pós-traumático.

É essencial compreender que sentir dor emocional e suas consequências não torna alguém menos resiliente. Sentimentos de tristeza, raiva ou culpa são comuns e naturais após eventos que causam o trauma. O que vai diferenciar as pessoas resilientes das outras é que, apesar desses sentimentos, elas seguem em frente, estabelecendo novos objetivos e reconstruindo suas vidas com propósito.

Os dez pilares da resiliência

Ao longo da obra, os autores descrevem 10 pilares fundamentais que, quando praticados de forma consistente, fortalecem a sua capacidade de lidar com as adversidades, tirando o melhor proveito delas:

  1. Otimismo realista – Acredite sempre em um futuro melhor, mas sem negar a realidade presente. Está difícil agora, mas em breve vai melhorar.
  2. Enfrentar os medos – Expor-se gradualmente ao que te provoca medo ajuda a condicionar a sua resposta ao estresse. Vários psicólogos utilizam essa medida de maneira moderada.
  3. Bússola moral – Viva sempre de acordo com seus valores e princípios, mesmo sob pressão. Isso lhe garante uma noção de individualidade muito importante em momentos de estresse.
  4. Espiritualidade ou religiosidade – Encontre apoio emocional e significado em práticas espirituais ou de fé. Apesar de alguns se identificarem mais ou menos com este pilar, procure a sua própria maneira de se voltar para si, uma forma de autocuidado com sua própria mente.
  5. Suporte social – Somos seres sociais e é de extrema importância que cultivemos relações seguras e solidárias para o nosso bem-estar emocional. Mesmo nos momentos difíceis, não esqueça de contar com os amigos e familiares.
  6. Modelos de comportamento – Por mais que o desespero possa te fazer sentir como se estivesse sozinho, provavelmente várias outras pessoas já passaram por algo parecido antes. Entender como esses indivíduos enfrentaram tais desafios com coragem e dignidade e imitá-los pode nos tornar mais fortes.
  7. Cuidar do corpo – A saúde física contribui diretamente para a saúde mental. Encontre um esporte ou outra atividade que você gosta e mergulhe nela.
  8. Desafiar a mente – Aprender coisas novas fortalece a plasticidade cerebral. Procure assuntos que te interessam, faça novos cursos, assista a vídeos ou escute podcasts. O mundo é maior que seus problemas!
  9. Flexibilidade cognitiva e emocional – Reavaliar situações e aceitar o que não pode ser mudado é um ótimo passo para desenvolver a resiliência.
  10. Propósito e crescimento – Dar sentido às adversidades e transformar dor em missão pode nos fazer enxergar nossas dificuldades de maneira mais otimista. Foque no aprendizado que pode surgir desses desafios.

Esses elementos não são fórmulas mágicas e nem funcionam de forma isolada. Na verdade, eles se entrelaçam e se potencializam de forma mútua. Por exemplo, o otimismo pode aumentar seu acesso ao suporte social, que, por sua vez, vai desenvolver a autoconfiança necessária para enfrentar os desafios.

Ciência e plasticidade: o corpo molda a mente

O livro também mergulha de maneira profunda nas descobertas neurocientíficas que sustentam a ideia de que a resiliência pode ser adquirida através de certos “treinos” ou medidas repetitivas. Conceitos como neuroplasticidade e epigenética são centrais para os autores, que acreditam que nossas experiências moldam fisicamente o cérebro, criando ou fortalecendo conexões neurais relacionadas ao autocontrole, à empatia e à autorregulação emocional. Sim, seus problemas e suas reações a eles podem afetar drasticamente sua maneira de enxergar o mundo.

Estudos com músicos, pessoas que praticam de forma regular a meditação e veteranos de guerra mostram como determinadas práticas podem modificar regiões específicas do cérebro. A mensagem é clara: ao praticarmos intencionalmente comportamentos resilientes, vamos redesenhando nossa arquitetura cerebral para enfrentar melhor o estresse. 

A importância do significado

A resiliência está intimamente ligada à nossa capacidade de atribuir significado às experiências de sofrimento. Influenciados pelas ideias de Viktor Frankl, os autores destacam quatro formas de encontrar sentido: 

  • a histórica (legado);
  • a experiencial (momento presente); 
  • a criativa (produção); 
  • e a atitudinal (como se enfrenta o sofrimento).

A busca por sentido não é um luxo filosófico, mas um recurso vital de sobrevivência psíquica. Pessoas que conseguem responder à pergunta "o que a vida espera de mim agora?", em vez de "por que isso aconteceu comigo?", tendem a desenvolver maior resistência emocional e clareza sobre seus propósitos. A busca por significação e sentido é uma busca humana.

Resiliência em ação: histórias reais

Alguns dos pontos-chave oferecidos pelo livro são os relatos reais de indivíduos que enfrentaram tragédias intensas. Desde veteranos de guerra até sobreviventes do 11 de Setembro e da covid-19, os autores nos oferecem um compilado repleto de exemplos inspiradores. O caso do Dr. Steven Southwick, um dos autores, é especialmente comovente: mesmo lutando contra um câncer terminal, ele continuou escrevendo, refletindo e inspirando até seus últimos dias, sem se entregar ao desespero.

Ao contar essas histórias, eles não pretendem romantizar o sofrimento e não tentam em momento algum desvalorizar a angústia pessoal de cada indivíduo, mas as usam como provas de que a superação é possível e multifacetada. 

Em muitas dessas narrativas, a chave da recuperação esteve no apoio social, na fé, na criatividade ou no redescobrimento de propósitos antes esquecidos. Cada um de nós possui um legado próprio, construído por meio das experiências que nos moldaram a ser quem somos e como somos. Nossa reação a um trauma ou situação não é mais ou menos certa, é a nossa. O ponto comum aqui é buscar sair do desespero, não se perder em meio a essa dor.

Famílias, líderes e o coletivo

Por mais que tenhamos falado várias vezes durante este microbook em individualidade, a resiliência não é apenas individual. O livro apresenta também um olhar sobre a resiliência coletiva e como ela se manifesta em famílias, equipes e até mesmo nações. 

Famílias consideradas resilientes compartilham práticas como: 

  • comunicação aberta; 
  • uma boa flexibilidade pautada em compreensão e empatia; 
  • manutenção de vínculos afetivos; 
  • e a resolução colaborativa de problemas. 

Esses ambientes oferecem um “trampolim” quando um de seus membros está no fundo do poço, uma ajuda para a recuperação.

Não podemos nos esquecer do mundo profissional — que ocupa grande parte do tempo na vida das pessoas. Nele, lideranças resilientes são aquelas que demonstram presença, empatia, comunicação clara e coragem em tempos de crise, e que podem se tornar peças fundamentais para um bom funcionamento de um negócio e para a manutenção da saúde e bem-estar dos colaboradores. A pandemia de covid-19 mostrou o quanto líderes bem preparados e humanos podem proteger a saúde mental de suas equipes.

Práticas que cultivam resiliência

Além dos fundamentos teóricos e dos relatos pessoais, os autores também oferecem um guia prático. Em cada capítulo, eles dão sugestões concretas para incorporar hábitos de resiliência ao cotidiano, como a prática da gratidão diária, da meditação, de atividades físicas e de trabalhos voluntários.

No caso do voluntariado, é possível obter diversos benefícios e qualidades importantes para a resiliência, pois promove conexão social com propósito, flexibilidade e otimismo. Já a prática de esportes desenvolve disciplina, superação de limites e autorregulação emocional. 

De qualquer modo, o segredo para nos tornarmos pessoas resilientes parece cada vez mais nítido: não devemos permanecer parados.

Notas finais

“Resilience” é mais do que um compêndio de estudos ou uma simples coletânea de histórias emocionantes, é um convite à prática diária da coragem, do autocuidado, da compaixão e do comprometimento com o crescimento pessoal. Em meio a uma rotina corrida e demandas que parecem infinitas, é um lembrete para que o leitor olhe para si e entenda que ninguém está imune à dor, mas que todos nós podemos desenvolver recursos internos e externos para não sermos definidos por ela.

A combinação de dados com histórias reais dá à obra credibilidade sem deixar de lado o fator humano, algo que andamos esquecendo mais do que deveríamos. Os autores evitam cair na armadilha do “pensamento positivo vazio”, reconhecendo as limitações individuais e sociais que dificultam a resiliência para muitas pessoas, como depressão grave, lesões cerebrais ou as diversas formas de desigualdades sociais que existem.

Uma frase marcante que pode sintetizar os ensinamentos dessa obra talvez esteja nas palavras do próprio Dr. Southwick: “Faça o melhor que puder com o que você tem.” Essa é, em essência, a definição mais honesta e inclusiva de resiliência. Os outros podem te ajudar de diversas formas, mas respeite suas próprias limitações.

Dica do 12min

Para continuar a sua busca por resiliência, recomendamos o microbook “À prova de estresse”. Seguindo a linha de “mente molda o corpo”, ajuda a direcionar seus pensamentos para fins mais positivos, lidando melhor com os momentos estressantes do dia a dia. Disponível aqui no 12min.

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Quem escreveu o livro?

Professor de psiquiatria na Universidade Yale, Southwick é referência mundial em resiliência. Ele atuou como pesquisador no VA National C... (Leia mais)

DePierro é psicólogo clínico e pesquisador especializado em trauma, estresse e saúde mental. Atua no Mount Sina... (Leia mais)

Médico, neurocientista e um dos maiores especialistas em estresse e resiliência, Charney atuou como reitor da Escola de Medicina Icahn, Monte Sinai, em... (Leia mais)

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